A ORIGEM DA GUERRILHA
Após a Segunda Guerra Mundial, com o mundo
dividido e partilhado entre os dois gigantes, Estados Unidos e a URSS, os
líderes políticos desses dois países logo se foram. Seus sucessores deram curso
à história. Com o advento da guerra fria a URSS queria mais. Em Cuba uma
revolução armada triunfava em 1958 e poucos anos depois a revolução castrista
caia no colo da União Soviética.
Em 1963 veio a crise dos
mísseis. Foi uma provocação explicita do então Secretário Geral do Partido
Comunista russo e líder Soviético, Nikita Kruschov, de instalar mísseis
balísticos, intercontinentais, em pleno território cubano, na cara da Flórida.
Naqueles dias de 1963 o mundo ficou apreensivo diante da possibilidade da crise
se expandir para uma outra guerra mundial. Foi contornada. O então Presidente
dos Estados Unidos, John Kennedy passou ao mundo a impressão de que havia
vencido a contenda. Os navios de Kruschov recuaram. Kennedy aceitou os mísseis
já postos em território cubano e a situação voltou ao normal. Fidel Castro e o
argentino Che Guevara viraram estrelas mundiais. O mundo soviético ia tirar
proveito disso.
O capital americano se expandia pelo mundo
numa velocidade impressionante. No vácuo da colonização europeia, mais de duas
décadas depois de encerrada a Segunda Guerra Mundial os comunistas russos se
voltam para a África e a América Latina como territórios a serem incorporados.
Cuba seria a ponte.
Ambos, os continentes,
integrados por países institucionalmente frágeis e territorialmente ricos, eram
um solo fértil e fácil de serem incorporados. De lambuja havia na América
Latina uma Igreja, católica, poderosa, e alinhada com políticos jovens formados
na esquerda marxista. De pronto havia uma base ideológica. Faltava o teatro de
operações. Era necessário montar o enredo e criar os personagens. Assim, nasce
em Cuba a maior escola de guerrilha que o mundo já viu. Com o apoio Soviético
manadas de jovens desembarcavam em Havana e na própria Moscou. De quase todos
os países latinos e africanos. Iriam ser formados para tornar suas pátrias
comunistas. Fidel Castro e Che Guevara centraram seus holofotes nesse mundo
novo. Moscou tinha uma sólida base de formação comunista para se contrapor ao
triunfo do capitalismo na América, na Europa e na Ásia. Escolas de guerrilha
iriam formar os combatentes para assumirem a África e América Latina. Isso é o
que veremos no próximo artigo.
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