24 de janeiro de 2019

A ORIGEM DA GUERRILHA


 Após a Segunda Guerra Mundial, com o mundo dividido e partilhado entre os dois gigantes, Estados Unidos e a URSS, os líderes políticos desses dois países logo se foram. Seus sucessores deram curso à história. Com o advento da guerra fria a URSS queria mais. Em Cuba uma revolução armada triunfava em 1958 e poucos anos depois a revolução castrista caia no colo da União Soviética.

Em 1963 veio a crise dos mísseis. Foi uma provocação explicita do então Secretário Geral do Partido Comunista russo e líder Soviético, Nikita Kruschov, de instalar mísseis balísticos, intercontinentais, em pleno território cubano, na cara da Flórida. Naqueles dias de 1963 o mundo ficou apreensivo diante da possibilidade da crise se expandir para uma outra guerra mundial. Foi contornada. O então Presidente dos Estados Unidos, John Kennedy passou ao mundo a impressão de que havia vencido a contenda. Os navios de Kruschov recuaram. Kennedy aceitou os mísseis já postos em território cubano e a situação voltou ao normal. Fidel Castro e o argentino Che Guevara viraram estrelas mundiais. O mundo soviético ia tirar proveito disso.

 O capital americano se expandia pelo mundo numa velocidade impressionante. No vácuo da colonização europeia, mais de duas décadas depois de encerrada a Segunda Guerra Mundial os comunistas russos se voltam para a África e a América Latina como territórios a serem incorporados. Cuba seria a ponte.

Ambos, os continentes, integrados por países institucionalmente frágeis e territorialmente ricos, eram um solo fértil e fácil de serem incorporados. De lambuja havia na América Latina uma Igreja, católica, poderosa, e alinhada com políticos jovens formados na esquerda marxista. De pronto havia uma base ideológica. Faltava o teatro de operações. Era necessário montar o enredo e criar os personagens. Assim, nasce em Cuba a maior escola de guerrilha que o mundo já viu. Com o apoio Soviético manadas de jovens desembarcavam em Havana e na própria Moscou. De quase todos os países latinos e africanos. Iriam ser formados para tornar suas pátrias comunistas. Fidel Castro e Che Guevara centraram seus holofotes nesse mundo novo. Moscou tinha uma sólida base de formação comunista para se contrapor ao triunfo do capitalismo na América, na Europa e na Ásia. Escolas de guerrilha iriam formar os combatentes para assumirem a África e América Latina. Isso é o que veremos no próximo artigo.

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