30 de janeiro de 2019
24 de janeiro de 2019
A ORIGEM DA GUERRILHA
Após a Segunda Guerra Mundial, com o mundo
dividido e partilhado entre os dois gigantes, Estados Unidos e a URSS, os
líderes políticos desses dois países logo se foram. Seus sucessores deram curso
à história. Com o advento da guerra fria a URSS queria mais. Em Cuba uma
revolução armada triunfava em 1958 e poucos anos depois a revolução castrista
caia no colo da União Soviética.
Em 1963 veio a crise dos
mísseis. Foi uma provocação explicita do então Secretário Geral do Partido
Comunista russo e líder Soviético, Nikita Kruschov, de instalar mísseis
balísticos, intercontinentais, em pleno território cubano, na cara da Flórida.
Naqueles dias de 1963 o mundo ficou apreensivo diante da possibilidade da crise
se expandir para uma outra guerra mundial. Foi contornada. O então Presidente
dos Estados Unidos, John Kennedy passou ao mundo a impressão de que havia
vencido a contenda. Os navios de Kruschov recuaram. Kennedy aceitou os mísseis
já postos em território cubano e a situação voltou ao normal. Fidel Castro e o
argentino Che Guevara viraram estrelas mundiais. O mundo soviético ia tirar
proveito disso.
O capital americano se expandia pelo mundo
numa velocidade impressionante. No vácuo da colonização europeia, mais de duas
décadas depois de encerrada a Segunda Guerra Mundial os comunistas russos se
voltam para a África e a América Latina como territórios a serem incorporados.
Cuba seria a ponte.
Ambos, os continentes,
integrados por países institucionalmente frágeis e territorialmente ricos, eram
um solo fértil e fácil de serem incorporados. De lambuja havia na América
Latina uma Igreja, católica, poderosa, e alinhada com políticos jovens formados
na esquerda marxista. De pronto havia uma base ideológica. Faltava o teatro de
operações. Era necessário montar o enredo e criar os personagens. Assim, nasce
em Cuba a maior escola de guerrilha que o mundo já viu. Com o apoio Soviético
manadas de jovens desembarcavam em Havana e na própria Moscou. De quase todos
os países latinos e africanos. Iriam ser formados para tornar suas pátrias
comunistas. Fidel Castro e Che Guevara centraram seus holofotes nesse mundo
novo. Moscou tinha uma sólida base de formação comunista para se contrapor ao
triunfo do capitalismo na América, na Europa e na Ásia. Escolas de guerrilha
iriam formar os combatentes para assumirem a África e América Latina. Isso é o
que veremos no próximo artigo.
19 de janeiro de 2019
CAPITALISMO E COMUNISMO
Em fevereiro de 1945 logo após
o fim da Segunda Guerra Mundial os senhores da guerra se reuniram na cidade de
Yalta, na Crimeia, sul da Rússia, beira do Mar Negro, para dividirem o mundo de
acordo com as novas conveniências políticas. O Primeiro Ministro inglês Winston
Churchill, o Secretario Geral do Partido Comunista da Rússia, Josef Stálin e o
Presidente dos Estados Unidos Franklin Delano Roosevelt. Sob as estrelas do céu
dos vencedores tinham muito o que dividir. Ali decidiram o fim da guerra,
definiram as novas zonas de influencia e assinaram os acordos.
Há relatos variados,
testemunhos diversos e interpretações múltiplas. Ao que parece levou menos
aquele que mais lutou: Churchill. Pelo menos é a conclusão que se pode chegar
ao ler as memórias do Primeiro Ministro Inglês. A Inglaterra ampliou em muito
pouco sua zona de influencia. Ficou com o que tinha e restando ainda sua
reconstrução. Historiadores ainda nos devem relatos.
Os Estados Unidos se deram por satisfeitos
com a divisão da Alemanha, as sanções ao Japão e as novas perspectivas para o
capital americano. Não era pouca coisa. A Rússia levou metade da Alemanha e
ampliou sua zona de influencia no território que viria a ser conhecido como
Cortina de Ferro.
A Europa livre, com a ajuda do
dinheiro americano se formaria num extraordinário bloco econômico, com destaque
para uma saudável política social que viria a ficar conhecida como a Social
Democracia Europeia. Países pequenos, com baixa taxa de natalidade e altamente
escolarizados, incorporaram, com rapidez, tecnologia moderna. Deram inicio a um
vigoroso ciclo econômico que dura até os dias de hoje.
Destaque especial para a
Alemanha Ocidental. Com a queda do Império Soviético em 1989 a Alemanha
Oriental viria a ser incorporada pela Ocidental e hoje é a quarta potencia
econômica do mundo. Esse eldorado já dura quase oitenta anos. Agora, nos dias
atuais, as águas do tsunami social começam a se agitar e prenunciam o mar de
problemas do que será a Europa em poucos anos. A Social Democracia está se
exaurindo e a Europa virou um continente “socialista” ditado pela Comunidade
Econômica Europeia. A política mudou muito mais a imigração e a economia estão
mudando muito mais o cenário de sonhos.
De acordo com o livro Memórias
da Segunda Guerra Mundial, as memórias do Churchill, (editado em 1957 e lançado
no Brasil pela Editora Nova Fronteira) em determinada manhã de conversações
quando da conclusão da divisão do mundo, Roosevelt se dera por satisfeito com o
resultado das conversas. Narra o ex Primeiro Ministro inglês, no penúltimo
capítulo do segundo volume que chamou a atenção do Presidente dos Estados
Unidos, por inúmeras vezes, quantos aos Bálcãs (região montanhosa da Europa
localizada no sudoeste do Continente Europeu, banhada pelos mares Adriático e
Jônico. Faz fronteira com o Oriente Médio e é banhada também pelos rios
Danúbio, Kuava, Moravia e Maritsa). Hoje a região é composta por onze países.
10 de janeiro de 2019
A ESQUERDA E A DIREITA
Tudo e todos que não estiverem
alinhados do ponto de vista político, social e filosófico com as ideias de
esquerda é automaticamente considerado de Direita pelos profetas da Esquerda. Nessa
designação cabem os militares e os filósofos que pensam o contrário ou ainda
aqueles que advogam o banimento total do pensamento de esquerda. A estes vai a
designação de extrema direita.
Na realidade, sob o manto de
uma sociedade igualitária a Esquerda odeia mesmo é o capitalismo e a livre
iniciativa. Ela advoga o Poder do Estado como o altar aonde todos devem se
curvar. Tal qual a monarquia absoluta. Mas é sob a égide da chamada “esquerda
democrática” que os socialistas e comunistas costumam triunfar. Se apoderam do
Estado e depois esmerilham a propriedade privada os direitos individuais.
Pesquisando o tema encontrei:
-O conceito de direita "varia entre
sociedades, épocas históricas, sistemas políticos e ideologias. De acordo com o
The Concise Oxford Dictionary of Politics, nas democracias liberais, a direita
política se opõe ao socialismo e à socialdemocracia. Os partidos de direita
incluem conservadores, democratas-cristãos, liberais e nacionalistas e os da
extrema direita incluem nacional-socialistas e fascistas”.
A Esquerda colocou nesse
balaio ideológico todos aqueles que pensaram e pensam o capitalismo, o mercado
e a livre iniciativa. Pasmem, o cristianismo foi junto. Ela se isolou de tudo
aquilo que não esteja ligado ao seu discurso radical, totalitário e hegemônico;
ela se divide em muitas correntes. No Poder se irmanam e comungam de uma única
fé: a ditadura do proletariado.
Eles têm horror ao
capitalismo. Com essa bandeira, a partir da URSS se instalaram mundo a fora. A
Esquerda só é democrática enquanto não chega ao Poder. Lá se instalando
desaparece todos os vestígios de convivência com o contrário.
É muito mais rica, criativa e
alentadora a obra dos pensadores de direita. Se dúvida mergulhe na obra daquele
que é tido como o primeiro a olhar o capital e o mercado, e fundamentar suas
ideias num pensamento conciso que deu origem à filosofia de direita: Adam Smith
(1723-1790).
Adam Smith foi um filósofo e
economista britânico nascido na Escócia. Teve como cenário para a sua vida o
atribulado Século das Luzes, o século XVIII. É o pai da economia moderna, e é
considerado o mais importante teórico do liberalismo econômico. Sua obra é
estupenda.
Uma Investigação sobre a natureza e
as causas da riqueza das nações, mais conhecida simplesmente como A Riqueza das
Nações é a obra mais famosa de Adam Smith. Composta por 5 livros, foi publicada
pela primeira vez em Londres em março de 1776, pela casa editorial de William
Strahan e Thomas Caldell.
Tal como a Esquerda, a Direita também
tem milhares de teóricos que se dedicaram a pesquisar, estudar e fundamentar
seu pensamento. Não seria exagero afirmar que a obra literária da Direita é
muito mais fundamentada. Inclusive entre nós brasileiros.
Temos grandes pensadores de Direita
hoje totalmente ignorados. Temos grandes pensadores, católicos, como o Gustavo
Corção por exemplo. Temos o Roberto Campos, cuja genialidade ultrapassou nossas
fronteiras. Mas não temos uma Escola onde se cultuem esses valores. A Esquerda
criou o monopólio do pensamento político no Brasil e invadiu da Igreja à Universidade.
Passando pela Mídia. Cá entre nós, a Direita foi burra quanto a essa lacuna.
Desde a era Itamar-FHC a Esquerda tem
a pauta do Brasil. Por trás de cada causa existe um pensamento estruturado,
refletido em seguimentos minoritários da nossa sociedade. Por mais de trinta
anos estes seguimentos possuem representantes no Congresso Nacional que
moldaram jurídica e economicamente o nosso modelo de Estado. Não se desmonta
esta estrutura com discursos.
Um novo governo foi eleito apelando para a
consciência do individuo e milagrosamente deu certo. Mas é pouco, muito pouco,
para se avançar numa pauta liberal. Até porque alguns seguimentos que apoiam
esse novo governo, os evangélicos por exemplo, não se sabe direito o que
desejam e qual modelo de Estado imaginam. Os evangélicos têm sua pauta de
acordo com seus dogmas: contra o aborto, contra a ideologia de gênero e sua
ferrenha e consolidada fé em Deus. Trata-se de uma pauta puramente cristã.
Se olharmos para o seguimento católico
desconhecemos sua defesa num modelo de Estado. Dividido, o catolicismo navega
em várias correntes políticas. Seu grupo que apoia a Esquerda, como a turma da
Teologia da Libertação, tem clareza de pensamento ideológico no modelo
totalitário de Estado, ou o chamado socialismo democrático, bolivariano.
A Esquerda tem seu modelo de
pensamento disseminado em todos os grupos de poder da sociedade brasileira,
abrangendo do ensino ao setor econômico e financeiro e até no judiciário. A
Esquerda durante esses trinta anos não encontrou um pensamento de Direita
estruturado enquanto ideologia. Só temem, ao que parece, o setor militar. Daí o
combate ao recrutamento de militares para o núcleo de administração do novo
governo.
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