UMA NOVA ECONOMIA URGENTE
O Brasil tem a economia mais fechada e mais subsidiada
do mundo. Além de mergulhado num debate ideológico velho e superado, vive,
também, nos tempos modernos, voltado para o passado. Consequência de políticos
velhos, superados, mofados. Foi ótimo o resultado das últimas eleições. Mandou
para casa uma velharia inútil. Vai renovar o ideário e comungar com as
necessidades do Brasil de hoje. O Brasil de ontem tem raízes muito profundas. E
podres. As razões que nos asfixiam, econômica e politicamente são solenemente
ignoradas pelo Executivo federal e pelo Congresso Nacional. Aumentam os gastos
a roldo. Em final de mandatos, executivo e legislativo agem, aparentemente, sem
controle. No Congresso as evidencias são as “pautas bombas “. Aumentos de
salários sem previsão orçamentária é a parte mais evidente. No Executivo a
evidencia maior foi a autorização de incentivos para a indústria do automóvel.
Nosso setor industrial é velho,
ultrapassado. Só opera com amparos dos governos através de subsídios, renuncias
fiscais e outros favores. Nossos políticos e a maioria dois empresários atuais
só enxergam o Brasil do passado. Em 26 de junho do ano de 2018 publiquei aqui
artigo em que demonstrava como esses políticos governam de costas para a nação.
E assim continuam: https://aleluiaecia.blogspot.com/2018/06/tempos-modernos.html
Enquanto o Legislativo ignora a realidade
fiscal do país que vai se refletir na vida de cada contribuinte, o Executivo
insiste em premiar uma indústria que é sua sócia desde os anos JK. Em lugar
nenhum do mundo a indústria automobilística goza dos privilégios usufruídos no
Brasil. Em lugar nenhum do mundo um carro tem os preços do Brasil. Em lugar
nenhum do mundo o governo morde sua parte no preço do automóvel como aqui entre
nós. Um ajuda o outro. O mesmo carro aqui produzido e com muito mais tecnologia
é exportado e vendido lá fora mais barato. A preços competitivos com os carros
vendidos nos Estados Unidos. Se você quiser reimportar este carro vai pagar
mais imposto que o valor recolhido pelo governo quando você compra o carro
aqui. Quase a metade. E assim um ajuda o outro. Por essa razão membros de dois
governos anteriores ao atual são alvos do judiciário sob desconfiança de recebimento
de propina pelo Executivo em troca de benesses fiscais para a indústria do automóvel.
O governo está de costas para a nação.
A velha mídia trata o assunto
sem a relevância que merece. O setor automobilístico é dono da maior verba
privada de publicidade do país. Por essa razão ignoram o assunto. Premiar o
setor com renuncia fiscal é um deboche. Desenvolvimento de tecnologia para
aumento de segurança, economia de combustível e outros quejandos jamais serão
desenvolvidos em território nacional. Tudo vem pronto. É global. Mas nosso
governo não sabe. Seria o mesmo que premiar o Google por pesquisar um e-mail
moderno aqui no Brasil. É a velha política do compadrio.
Essa indústria aqui se
implantou a partir do governo JK, nos anos 50, em troca de benefícios vários
para gerar empregos. Assim todos os governos foram concedendo incentivos
diversos a fim de manter o desenvolvimento do ABC paulista. Aquela indústria não
existe mais. Muitos estados brasileiros abrigam montadoras de carros. E ela já
não emprega como antes. Como o nome já diz, são montadoras. O robô toma o lugar
do homem numa velocidade assustadora. E toda a tecnologia vem das matrizes.
Na realidade o incentivo
fiscal concedido pelo governo vai beneficiar mesmo é o consumidor de outros
países, indiretamente. Aqueles para onde são exportados os carros montados
aqui. Para nós o carro vai continuar com preço absurdo. Seu valor será dividido
entre a montadora e o governo. Quase meio a meio. A montadora nos entrega um
bem que desvaloriza rápido. O governo nem estrada boa nos dá em troca da
mordida no nosso bolso. Quanto será que vale, no total, uma medida provisória
beneficiando a indústria automobilística no valor de dois bilhões de reais por
ano? Isso tem um preço. No final a soma dos ganhos será toda dela. E ainda terá
direito à remessa de royalties pelo valor da tecnologia importada. E já deverá
estar embutida no preço de venda do carro. Essa relação da nossa indústria de
carros com nosso governo é como este artigo: difícil de entender. Afinal é uma
relação muito antiga, da época do meado do Século passado. Naquele tempo
ninguém sabia onde começava os interesses de um e onde começava os interesses
do outro. Setenta anos depois continuam juntos, da mesma forma.
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