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Mostrando postagens de 2010

QUAL SERÁ O CAMINHO?

Símbolo de poder, de modernidade e de cultura, a mídia sempre foi um negócio rendoso e cobiçado nos quatro cantos do mundo. Foi assim desde que Gutenberg inventou a prensa. E antes de se tornar a que conhecemos hoje, a mídia era o conjunto de forças de uma aldeia, ou cidade-estado que dominava a informação. A mensagem era algo tão importante para o Rei que o portador pagava com a vida para que sua majestade ficasse segura de que o segredo não vazaria. Fora dele a mídia era representada pela Igreja que no confessionário auscultava o pensamento da população e no altar disseminava sua mensagem, tal como um aplicativo de iPhone hoje em dia. Quando surge a velha mídia, ela detona com todos esses poderes estabelecidos já que a informação ficava mais democrática, mais acessível e disseminada com mais rapidez e mais amplitude. E o século XX coroa a expansão dos meios de comunicação de massa, ao mesmo tempo em que declinava o poder da Igreja e dos mensageiros da esperança. O único meio de pode...

DE CABEÇA PRA BAIXO

Publicado noPortal da annaramalho.com.br Sex, 07 de Janeiro de 2011 15:15 Por Aleluia, Hildeberto Diante da queda de receita e preocupados com o futuro, jornais impressos americanos seguem os passos da TV e das revistas oferecendo garantias de vendas aos anunciantes de produtos de varejo. A proposta garante um retorno mínimo ao anunciante. Se uma sequência de anúncios não levar a um aumento de pelo menos 10 por cento nas vendas do produto anunciado, o anúncio sairá de graça. São os efeitos da internet. Até aqui ela vinha causando baixas localizadas em setores específicos. Destruiu a indústria do disco e do CD como nós a conhecíamos. Depois infringiu golpes de morte aos estúdios de Hollywood. Os muitos que não faliram estão em concordata. Varreu o negócio das agências de viagens ao permitir a criação de um novo modelo de negócio para a venda de passagens aéreas e diárias de hotéis. Transformou o comércio eletrônico, o B2B (Business-to-Business), num negócio de números astronômicos...

PARA LER E PENSAR

Agência Rio de Notícias 23/12/2010 CONFIRA A NOVA COLUNA DE ALELUIA HILDEBERTO PARA LER E PENSAR 23/12/2010 Quem já parou de frente para uma banca de jornal e olhou detalhadamente nos títulos de revistas exibidos sabe que o setor campeão é o de moda. A quantidade de revistas de modas, e comportamento, é impressionante. É um claro sinal de que este mercado é promissor e ativo. Mas o que muitos não sabem é que as revistas vêm perdendo seu posto de principal veículo divulgador da moda. A exemplo do que ocorre nos Estados Unidos, o setor fashion já descobriu o novo filão de divulgação dos seus produtos: a blogosfera. Levantamento realizado pela revista Vogue Paris dá conta de 45 blogs de moda como o novo formador de opinião nesta área, feminina, que movimenta bilhões de dólares por ano aqui no Brasil. Somente a empresa YES, cosméticos, tem parceria e patrocínio com mais de 200 blogueiras, sendo que o principal é o blog www.garotasestupidas.com.br. Este tem algo como 65 mil visitas p...

O FURACÃO DIGITAL ASSOLA A MÍDIA

artigo publicado na coluna claudiohumberto.com.br Sábado, 11 de dezembro de 2010 O FURACÃO DIGITAL ASSOLA A MÍDIA Por  Aleluia Hildeberto No mês de julho de 2010 estive em Miami para uma temporada de quatro dias a trabalho. Fui alojado num Holiday Inn, um daqueles hotéis imensos e bem americanos, com corredores longos e uma infinidade de apartamentos por andar. Quando vi a reserva ainda aqui no Brasil julguei que houvera engano, pois o bairro do hotel chamava-se Hollywood e eu pensava que Hollywood só em Los Angeles. Mas é que Miami também tem a sua hollywood. Todos os dias observava em frente ao elevador, no final do corredor, duas pilhas de mais de um metro de altura. Eram exemplares do jornal US Today, o diário mais vendido na América, com uma tiragem superior a dois milhões de exemplares/dia. Eu saia pela manhã e lá estava a pilha. Voltava no final da tarde ou à noitinha e ela lá continuava. No final de minha estada indaguei aos funcionários do hotel. Disseram-me que to...

A ORDEM ESTABELECIDA ESTÁ SENDO BOMBARDEADA

publicado na coluna claudiohumberto.com.br em  22/11/2010 16:28 Por Aleluia Hildeberto Toda vez que tentamos substituir uma ordem estabelecida, a confusão é geral; tanto no sistema operacional de uma indústria quanto num sistema de distribuição e logística. Pode ser num sistema operacional de trânsito urbano ou até mesmo numa rotina doméstica. Não é fácil destruir a velha ordem estabelecida e substituir por uma nova. Normalmente isso se dá por saturação, por expansão, por novas conquistas, por conturbação e exigências (no caso de países muitas vezes pelas armas, ou pelo voto) ou simplesmente por inovação. Em qualquer meio, quando isso acontece, trata-se de uma revolução. Toda revolução vem para substituir a ordem institucional vigente por uma nova. Dá muito mais trabalho substituir uma ordem estabelecida do que implantar uma ordem onde não existe nenhuma. Pela ordenação natural das coisas reformar uma velha ordem seria mais fácil que substituir a existente. Nenhuma dessas...

A MORTE DA WEB. SERÁ?

A MORTE DA WEB. SERÁ? Pois é essa a novidade dos profetas do mundo digital. Ou melhor, é o que eles desejam: uma nova WEB, talhada de acordo com seus interesses. Ela seria fechada, na base dos aplicativos. Você passaria a navegar em canais fechados e recebendo somente aquilo que os senhores do universo determinam. Como acontece com a velha mídia. Será isso possível? Esses intérpretes que anunciam os novos tempos são homens tão criativos e poderosos que é bom prestar atenção neles. Só ficar de olho como se diz; a crer cegamente é melhor esperar. Berners (inventor da WEB), Jobs (Apple), Ballmer (Microsoft), Bezzos (Amazon), Schmidt (Google), Zuckerberg (Facebook), Gates (Microsoft), Tomlinson (inventor do @ e do software básico de navegação), cada um desses sobrenomes nomeia criações e representa interesses de bilhões de dólares anuais, possibilitados por suas descobertas e aplicações no nosso dia a dia que tornam nossas vidas mais fáceis e prazerosas. Democratizaram o acesso à in...

O rádio no Brasil

Em seu artigo Aleluia Hildeberto comenta a importância das emissoras de rádio, que segundo ele, são o principal meio de comunicação da mídia tradicional e, com o tempo, está se reinventando e firmando-se novamente como um grande meio de comunicação. “Não acredito que os outros meios tenham a mesma chance. Em função de suas características marcadamente locais e comunitárias, e custos operacionais baixíssimos, será o rádio o primeiro a se adaptar ao mecanismo da convergência”. As oportunidades de negócios e estratégicas, no mundo da Mídia, e Web são infinitas. Incomensuráveis são as possibilidades que se oferecem ao universo do rádio. A meu ver o principal meio de comunicação da mídia tradicional que irá crescer perfeitamente adequado ao invento da WEB. Segmentado, regionalizado, localizado e comunitário o rádio crescerá em importância e difusão perfeitamente compatível com a nova plataforma de comunicação. Ele deverá ser um dos primeiros em importância para o internauta quan...

No Brasil é um espanto a sobrevivência das revistas

No Brasil é um espanto a sobrevivência das revistas. Em todo o mundo esse setor passa por dificuldades tal qual o setor de jornais. De acordo com o IVC (Instituto Verificador de Circulação) a entidade oficial que mede tiragens e vendas de periódicos impressos, as revistas, no Brasil, resistem bravamente aos novos tempos. Enquanto a TV e os jornais definham, desaparecem até, as revistas permanecem mantendo o interesse dos leitores, algumas, surpreendentemente, até cresceram em números de circulação segundo o IVC. É o caso dos semanários dedicados às fofocas de celebridades, enquanto as informativas VEJA, ÉPOCA e ISTOÉ navegam num mar de rosas, por exemplo. Se os periódicos, diários, sucumbem diante da instantaneidade da Internet, se as notícias on line atraem cada vez mais interessados e se a interação passa a ser, cada vez mais, a mola propulsora do jornalismo, como explicar o permanente interesse pelos semanários? Para um executivo da Associação Nacional de Editores de Revistas (ANE...

JORNAL DO BRASIL - O FIM DE UMA ERA

Foi-se o Jornal do Brasil tal e qual conhecíamos. Desfigurado e empobrecido, agonizou sem merecer os cuidados dedicados aos anciões. Na sucessão familiar no controle da empresa editora foi-se também o pouco que restava da identidade com o seu público leitor. A nova era da comunicação nem se anunciava e o velho JB já tentava encontrar novos caminhos. Era preciso sustentar os números de vendas e defender-se do implacável poder de renovação e aceitação da concorrência. Acossado pelo jornal O GLOBO de um lado e do outro por O DIA (esse, atualmente, também em queda livre) o Jornal do Brasil perdeu-se num território minado, onde era farto o talento na redação, mas escasso na área de gerência e marketing. Sem controle e sem comando foi afundando como um grande navio, aos poucos, sucumbindo a uma administração caótica e às inovações tecnológicas. No final, teve ampla e generosa ajuda dos governos, a ponto de comprometer a qualidade do jornalismo. Ficou como prova de que o leitor não é burro. V...

AS PRESSÕES DA VELHA MÍDIA

publicado originalmente no site http://www.claudiohumberto.com.br 01/07/2010 Pressiona daqui, aperta por lá, escreve acolá e tenta influir em todas as esferas. No Legislativo, no Executivo e no Judiciário. A velha mídia não tem sossego mais. Na medida em que a ameaça da WEB vai se tornando realidade à agonia ganha expressão, principalmente na atuação da ANJ, Associação Nacional de Jornais, e da ABERT, Associação Nacional de Radio e Televisão. Estas duas entidades representam a expressiva maioria dos órgãos de comunicação, rádio, TV e jornais, da velha mídia. E através delas os barões da comunicação exercem seus poderes e influências especialmente em Brasília, onde esperneiam em todos os fóruns na desesperada busca de uma alternativa no sentido de parar o avanço da WEB, marcadamente no setor de produção de conteúdo. Onde se apresenta estas duas entidades citadas leia-se em destaque os grupos de mídia GLOBO, FOLHA DE SÃO PAULO, ESTADÃO E ABRIL. Esta é a que menos se expõe em função de ...

A velha mídia ainda tem futuro no Brasil ?

A tese do professor Jeffrey Cole, diretor do Centro para o Futuro Digital da Universidade do Sul da Califórnia, com a qual ele sustenta que os jornais impressos, de mercados como o Brasil e a Austrália, irão desaparecer em 10 ou 15 anos, merece uma reflexão frente à realidade brasileira. Suas previsões devem ser consideradas em realidades onde a banda larga está definitivamente implantada e com tecnologias avançadas permitindo velocidades que o Brasil desconhece. O desinteresse pela velha mídia está na mesma proporção em que a inclusão digital se processa. Quanto mais gente com acesso à banda larga veloz, mais gente interessada nas novas plataformas de comunicação. Não existe nada mais maçante, irritante até, que a leitura de um texto ou a abertura de uma imagem na velocidade de kpbs, ou na internet por acesso discado. É insuportável. E notícias ainda não é o primeiro item na navegação embora seja um dos principais. Para a web ameaçar de verdade a velha mídia é necessário que o Bra...

O MODELO DO NEGÓCIO (ii)

MODELO DO NEGÓCIO (II) Juan Luis Cebrián é jornalista, diretor e fundador de um dos mais importantes jornais da atualidade. Ao lado dos americanos e dos ingleses, o El País, jornal espanhol, desfruta de prestígio e qualidade em todo o mundo. Líder em tiragem e circulação na Espanha e na Europa, nos últimos anos vem amargando tiragens cada vez menores e por um bom tempo viu também emagrecer o seu faturamento publicitário, especialmente em 2009. Sentado em sua vasta experiência e autoridade no assunto de comunicação, ele transmite algumas convicções e palpites para o futuro. A - A internet é um fenômeno de desintermediação. Que futuro aguarda os partidos políticos, sindicatos e os meios de comunicação num mundo desintermediado? B - Os jornais, tais como os conhecemos, se acabaram, adeus. Não significa dizer que deixarão de existir. É a constatação de que os impressos pertencem à sociedade industrial, e não estamos mais nela. Entramos na era digital, adeus sociedade industrial....

O MODELO DO NEGÓCIO (I)

A quem não é do ramo soa um pouco estranho todo esse imbróglio da luta entre a Internet e a mídia tradicional. Quem não está familiarizado com o assunto, custa mesmo a entender. Ainda mais quando se depara com informações que dão conta do faturamento cada vez maior da TV, no mundo da publicidade. E mais, o telespectador não se interessa e nem sempre dispõe de informações para avaliar a queda de audiência, a tiragem de jornais e revistas, impressos, e muito menos a audiência de seu programa favorito de rádio. E nem teria porquê. Esse assunto só é acompanhado com rigor, especialmente, por três seguimentos: publicidade, patrocinadores e gestores do negócio. Há outros interessados, como profissionais do ramo, institutos de pesquisa e curiosos. Mas é ínfima, insignificante mesmo, a parte da população que tem noção de como funciona esse mundo. Mas é muito interessante mesmo. É difícil de explicar. Se a TV perde audiência, se os jornais diminuem cada vez mais suas tiragens, se as revist...

ainda a banda larga no brasil (II)

O governo federal finalmente veio a público e anunciou o projeto do país para a banda larga. Com estardalhaço, a velha mídia emoldurou os números. Dizem e anunciam que serão investidos até 13 bilhões de reais para levar internet rápida a 28 milhões de residências em todo o país, atingindo principalmente, as classes C e D. Isso equivaleria a beneficiar mais de 60 milhões de pessoas em cerca de 5 mil municípios do Brasil. O Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) estaria destinado a reduzir em cerca de 70% o preço médio atualmente cobrado pelas concessionárias por uma assinatura de net rápida de um giga. Sairia por preços módicos, algo a partir de 15 a 20 reais, e assim seria possível levar internet rápida com baixo custo e alta velocidade para mais de 4 mil municípios, atendendo dessa forma a cerca de 80% da população distribuídas nos 26 estados mais o DF até 2014. A meta é elevar o número de domicílios ligados na banda larga de 13,5 milhões para 35 milhões daqui a 3 anos. Ao ser anunciado...

AO ESTADO TUDO? MENOS

Sempre tive medo do Estado. Nunca confiei no Estado. Sou contra à idéia do Estado forte atuando como agente econômico na ponta do mercado. Não chego a ser um neo-liberal, na concepção clássica onde se consagra o principio de ao mercado tudo. Não, nesse assunto sou coluna do meio, ou flex , isso para não dizer que cada caso é um caso. Mas vamos à história: Dia desses, eu via TV, um jornal. E lá o vice-presidente da Republica, o ínclito mineiro José Alencar, mais admirado por sua convivência com a doença que por qualquer outras de suas múltiplas virtudes, recomendava a todos os brasileiros fazerem o exame de pet, que segundo ele, detectava câncer. Como ele mandou todos os brasileiros realizarem o exame eu imaginei que o SUS fizesse. Fui saber o que era isso. Meu medico recomendou que o fizesse, não só pelo meu histórico genético familiar e também pela idade. Trata-se de um exame de última geração chamado PET CT. É coberto por poucos planos de saúde e custa em torno de 4 mil reais. ...

O NOSSO JORNAL IMPRESSO

AGÊNCIA RIO DE NOTÍCIAS Confira a nova coluna do jornalista  Aleluia Hildeberto, na Agência Rio de Notícias, nesta segunda-feira (5).16h45 http://www.agenciario.com/colunistas/aleluia.asp por aleluia hildeberto 05/04/2010 Aqui entre nós, no Brasil, a mídia impressa também agoniza. E não é de agora. Vem desde antes da Internet.Vem morrendo aos poucos. Há mais de 20 anos, jornais como O DIA , O GLOBO e FOLHA DE SÃO PAULO batiam a casa do milhão em tiragens e vendas nos fins de semana. Isso sem falar no glorioso Jornal do Brasil que hoje não passa de uma sombra do que foi no passado. Antes ainda da WEB determinados a manterem suas tiragens de fazer inveja ao primeiro mundo se transformaram em verdadeiros supermercados. Ofereciam como brindes, de bicicletas a panelas, de faqueiros a passagens de avião. Nada adiantou. Em vez de buscarem um jornalismo novo, participativo e de serviços que demandariam investimentos, preferiram a política de benesses com o escondido intuito d...