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Mostrando postagens de 2016

OS INFINITESIMAIS E A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Sempre causou espanto o fato de países como Itália, Espanha e Portugal terem perdido o bonde da revolução industrial no Século XVII. Após a formação da Europa por Carlos Magno, no Século VII, a Itália com suas cidades estados ( ducados, principados e republicas) que nada mais eram que feudos familiares, e sob a proteção do Vaticano, liderou o movimento renascentista dando uma significava contribuição cultural à nossa civilização. Isso durou até o Século XIV, quando Portugal, Espanha e Holanda viriam a transformar o mundo que conhecemos através da navegação. A Itália ficou de fora. O conhecimento, a tecnologia e a aventura estavam se inserindo nesses países longe das convicções da Igreja e independente do Vaticano. Vieram as grandes descobertas, do Século XIV até o XVII e esses três países foram os primeiros e grandes responsáveis pela descoberta do novo mundo. O Poder da Igreja era imenso e ela não podia ficar de fora. Daí foi incorporada aos descobrimentos. Não pela inteligência, ma...

OS JORNAIS ESTÃO MORRENDO

Mês passado (outubro de 2016) fui acordado por uma voz dizendo-se jornalista Lauro Jardim. Por três vezes, em dias diferentes. Nas duas primeiras desliguei. Atendi na terceira vez: - Oi. Aqui é o Lauro Jardim. Notei que você cancelou sua assinatura de O Globo...... Só aí ficou claro para mim a gravação e seu objetivo: vender assinatura do jornal. É a primeira vez que vejo jornalista vendendo o jornal que trabalha. É uma inovação, sem dúvida. Revela um anunciante atento mas evidencia falhas na trajetória de venda do produto. Faz anos que sou bombardeado por outras vozes, de funcionários ou não, do jornal, tentando vender assinaturas. É dramática a situação da mídia impressa no Brasil. Existem informações de fechamentos de jornais impressos numa velocidade preocupante. Estima-se em três por dia no país à fora. As causas são Internet, custos de produção e infraestrutura cada vez mais altos, despreparo dos donos para lidar com uma nova realidade e um modelo de negócio totalmente ultrapass...

O CERRADO BRASILEIRO

Na prazeirosa leitura do livro de ficção cientifica escrito pelo advogado Odimer E. Nogueira ESTAÇÃO TERRA, publicado e lançado no Brasil pela Editora Kelps ( Goiania-GO 2013) o cerrado brasileiro está magistralmente assim descrito pelo autor na página 16: -Vastíssima extensão de terras de apenas duas estações: a das águas, abundantes e regulares chuvas que ocorrem na maior parte do ano, é o que há de melhor para a atividade agrícola. Esse fabuloso encanto é logo desfeito no parágrafo seguinte quando ele define: -a outra, a estação seca, é propícia apenas às lamentações. Chega aos meados de todos os anos e castiga a região com tais rigores que parece apenas servir para separar no tempo dois períodos de muitas chuvas e farturas e mostrar aos viventes da região que nem tudo na vida é sempre igual. As pessoas bem acostumadas aos bons tempos, não se esquecem das benesses das águas quando chega a estiagem. E a descrição prossegue destacando que a “atmosfera perde quase toda a ...

ALYSSON PAULINELLI

Ele está fazendo 80 anos. Poucos brasileiros sabem quem é ele. Mas este senhor é respeitado no mundo inteiro. Foi capa da revista Time com 35 anos de idade e até hoje viaja pelo mundo, da China à Patagônia, de Tóquio a Nova York, convidado que é para palestras nas mais respeitadas universidades do globo e nos mais competitivos centros de negócios. Anda por aí falando sobre seu invento, repassando conhecimentos e satisfazendo a curiosidade cientifica sobre a alta produtividade da agricultura brasileira, principalmente no cerrado. Visionário, desenvolveu técnicas numa época em que o conhecimento não desfrutava dos imensos recursos tecnológicos de hoje. Por onde passa é saudado com reverencia e respeito. O mundo tecnológico lhe credita uma façanha que no Brasil só é conhecida pelo setor agrícola: o aproveitamento do cerrado brasileiro para a produção agropecuária. Paulinelli descobriu os caminhos para fertiliza-las através de calagem e fosfatagem. Hoje, o cerrado brasileiro distingue-s...

O WHATSAPP, O JUDICIÁRIO E NÓS.

Por quatro vezes o aplicativo WhatsApp já foi retirado do ar aqui no Brasil. Em todas por decisão judicial, prejudicando e atraindo a ira de milhões de usuários para os juízes que determinaram as ações. Tem manifestação e opiniões para todos os gostos e credos, basta ir às redes. Em muitas delas, observei, além da execração do juiz, a ideia de que a tecnologia nasceu para preservar a privacidade. Ledo e duplo engano: primeiro que a tecnologia digital não garante privacidade a ninguém. A privacidade na internet não existe. Não há nada que se faça on line que não esteja registrado em algum lugar. Plugou está monitorado.( http://aleluiaecia.blogspot.com.br/2011/09/quem-e-4417749.html ) O que se deve buscar é a inviolabilidade dos seus dados. É outra coisa totalmente diferente. A imensa maioria não sabe dessa diferenciação. E segundo, não é a tecnologia que garante a privacidade como muitos acreditam. Quem garante a privacidade é a Lei. Antes de nos irar contra juízes que retiram do ...

O UBER E SEUS PROBLEMAS

No final de junho de 2016 fui vítima de uma trapaça no aplicativo de transporte UBER, na SQN 213, em Brasília. Fiquei com a convicção de por muito pouco haver escapado de um assalto. Passados alguns dias, relatando para amigos e pesquisando nas redes descobri que não fui o único. Houve casos semelhantes, com vítimas, na própria cidade de Brasília, em Belo Horizonte, no Rio de Janeiro e em Nova Deli, na Índia. Trata-se de uma situação inusitada e perigosa. No Brasil, como sempre, a situação do aplicativo tem características muito próprias: está sendo desmoralizado pelos taxistas. Como não conseguem vencer o aplicativo na prestação de serviços e preços (chegando a custar mais que o dobro) os taxistas estão desmoralizando o UBER e causando prejuízos e riscos aos passageiros. O caso é grave. Em Nova Deli foi um estupro. Não houve interceptação da chamada.a passageira processa o UBER em sua sede na Califórnia. O motorista,um tal de Shiv Kumer Yadav, segundo o jornal Times of Índia, está ...

Tributo a Michael Koellreutter

Foi-se nosso Micha. Foi-se um dos meus baianos prediletos. Dono de um sobrenome de príncipe bávaro e de um texto sarcástico composto por adjetivos certeiros e substantivos de toneladas, sabia ser ferino e lúdico quando a situação requeria. Incansável trabalhador, buscava inovação em todos os projetos que se meteu na vida. De temperamento alegre e afável esse baiano de Salvador conquistou o respeito profissional numa legião de feras do jornalismo de São Paulo e do Rio de Janeiro. Jamais transigia com a verdade. Sabia como ninguém tornar situações dramáticas em hilárias nos seus textos enxutos e prazerosos. Nos anos 90 frenquetávamos o Hipoptamusss em madrugadas divertidas nos domínios do Ricardo Amaral. Minhas vacas eram gordas. Dividíamos a garrafa de uísque no bar do Hipo relembrando histórias da Bahia e vez por outra na companhia do João Luiz Albuquerque, do Palmério Doria, do José Mário Pereira, do próprio Amaral, Carlos Doce Lar , Fred Sutter e muitos outros. Quando minhas vacas ...