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Mostrando postagens de julho, 2014

NATALIDADE NO BRASIL ( V )

Para corroborar argumentos que justificam o desleixo, o pouco caso, ou mesmo o abandono da educação no Brasil, dois fatos recentes acontecidos na cidade do Rio de Janeiro: O primeiro no Colégio Pedro II outrora uma referencia no ensino publico fundamental e de segundo grau no País. Cabeças coroadas do Brasil e de sua elite dirigente da última metade do século passado estudaram lá. Se você quiser saber em detalhes a situação atual busque o jornal O GLOBO ( www.oglobo.com.br ) de 18 de junho de 2014 à página 32 no caderno de economia. Uma foto fala por si: uma unidade no bairro de São Cristóvão, a de ensino fundamental, foi interditada pela Defesa Civil. Ameaça de desabamento. Quinhentos alunos do ensino fundamental prejudicados. Em outra unidade, a do Humaitá, alunos do 6º ano do ensino fundamental estão sem acesso aos livros didáticos de Português, Matemática Ciências, História e Geografia. Deveriam ter sido distribuídos em fevereiro de 2014. Em junho ainda não haviam chegado. A mat...

NATALIDADE NO BRASIL (IV)

Relembre a cobertura das TVs sobre tragédias urbanas nas cidades brasileiras. A vítima que aparece dando entrevista é quase sempre uma mulher com um filho no colo e uma prole considerável em volta. Só se tem noção da extensão desse país de miseráveis quando se anda de helicóptero, por cima. É um mar de casebres, esgoto a céu aberto e gente, muita gente. Somente a cidade do Rio de Janeiro tem mais de mil e duzentas favelas. O Estado finge que não vê, e a cada dia tem mais uma “casinha” sendo feita. Não é mais a migração interna que vai para as favelas. Agora é quase que exclusivamente os descendentes dos favelados. Outro fato perturbador: a favelização já não é um privilégio das grandes cidades. No interior, nas pequenas e médias cidades o índice de favelização é crescente. Com a distorção educacional, social e econômica própria do Brasil, não haverá economia que suporte esses índices de natalidade. O país tem gente demais e no entanto falta mão de obra especializada. Agora mesmo o Sin...

NATALIDADE NO BRASIL ( III)

pesquisas e estatísticas são feitas, lidas e comentadas de acordo com as conveniências de quem as fizeram ou de quem as encomendou. Mas podem ser lidas e interpretadas de acordo com a realidade dos fatos. E os fatos nunca mentem. Mesmo para aqueles que desejam agredi-los. Senão vejamos: Imagine uma pirâmide e a divida em três partes: A, B e C. Em cima da pirâmide estará à classe A, considerada como rica, informada, letrada e em condições de sustentar e educar convenientemente quantos filhos deseje. Pois saiba que no Brasil no topo dessa pirâmide imaginária a taxa de natalidade é uma das menores do mundo. Nessa parte da pirâmide calculo que estejam alojados de 10 a 20 milhões de brasileiros. Descendo a pirâmide você vai para a faixa B onde se encontra a classe média, arremedados e outros. Essa parte, já bem maior que a primeira. Calculo , algo entre 40 e 60 milhões de pessoas. Aqui a taxa de natalidade sobe um pouco, mas nada que signifique mais que dois filhos por mulher. Essas duas...

NATALIDADE NO BRASIL ( II )

O Brasil é realmente um país diferente. Já sabemos e vimos aqui que no primeiro mundo, com população esclarecida e afortunada, é cada vez maior o número de pessoas que não desejam ter filhos. Vimos que governos de algumas dessas nações fazem esforços com estímulos financeiros compensadores para que as pessoas tenham filhos. É o caso dos países nórdicos, por exemplo. Aqui entre nós, dos anos 90 do Século passado em diante, a política de todos os governos foi e é de estímulo à natalidade.  Nossa taxa de nascimentos por ano (em torno de 1,8 por cento) segundo o Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) a única entidade no País apta a fornecer números sobre o assunto, são idênticas às taxas de natalidade das nações do primeiro mundo e menor que a taxa de natalidade dos Estados Unidos, em torno de 1,9 por cento. A mesma taxa da Austrália. Dito ou lido assim parece pouco. Mas não é. Isso significa por ano o nascimento de mais de três milhões de brasileiros. É um Uruguai por ano. É ma...

NATALIDADE NO BRASIL ( I )

Um casal bem informado planeja o numero de filhos de acordo com seus desejos, disponibilidade e condições financeiras para criá-los. Uma mulher atenta e esclarecida que planeja uma produção independente tem em mente, em primeiro lugar, a sua condição financeira para educar e formar o seu filho. Os países desenvolvidos, e até alguns que não estão no grupo, como o Uruguai, por exemplo, agem da mesma forma. Leva em conta o controle da taxa de natalidade para planejar sua economia e ao mesmo tempo disponibilizar segurança, educação, saúde e outros itens básicos para uma sobrevivência decente e confortável. Desequilíbrio na taxa de natalidade afeta países ricos e pobres. Equilíbrio na taxa de natalidade todos os países do primeiro mundo buscam. A China só é que o que é hoje em dia porque, entre outras razões, levou mais de 50 anos para atingir o que eles consideram uma taxa de natalidade equilibrada. Com mão de ferro o Estado chinês ainda na década de 1960 do Século passado instaurou a pol...