7 de julho de 2014

NATALIDADE NO BRASIL ( II )

O Brasil é realmente um país diferente. Já sabemos e vimos aqui que no primeiro mundo, com população esclarecida e afortunada, é cada vez maior o número de pessoas que não desejam ter filhos. Vimos que governos de algumas dessas nações fazem esforços com estímulos financeiros compensadores para que as pessoas tenham filhos. É o caso dos países nórdicos, por exemplo. Aqui entre nós, dos anos 90 do Século passado em diante, a política de todos os governos foi e é de estímulo à natalidade. 

Nossa taxa de nascimentos por ano (em torno de 1,8 por cento) segundo o Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) a única entidade no País apta a fornecer números sobre o assunto, são idênticas às taxas de natalidade das nações do primeiro mundo e menor que a taxa de natalidade dos Estados Unidos, em torno de 1,9 por cento. A mesma taxa da Austrália. Dito ou lido assim parece pouco. Mas não é. Isso significa por ano o nascimento de mais de três milhões de brasileiros. É um Uruguai por ano. É mais que uma Venezuela (27 milhões de habitantes) inteira e quase uma Argentina (35 milhões de habitantes) a cada 10 anos.

Assim se mascara e se ignora um dos mais dramáticos e desesperadores problemas brasileiros: o estímulo à natalidade como política de governo na base da pirâmide social. A renda per capta, a saúde, a educação, a infraestrutura, saneamento, hospitais públicos, previdência e a qualidade de vida dos países desenvolvidos não dá para comparar com a nossa.

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