27 de abril de 2011

LUTANDO PELA BANDA LARGA

Associações e entidades de direitos civis e defesas do consumidor, sindicatos e ONGs começaram, nesta última semana de abril, o movimento "Banda Larga é um direito seu" nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Brasília. Além de criticar o modelo de prestação desse serviço no Brasil, a movimentação tem como alvo, também, o Plano Nacional da Banda Larga (PNBL) do governo federal. Esse evento expõe o que todo o país já sabe, temos banda larga cara e ruim, muito ruim. E nada no horizonte próximo indica uma melhora. Essas entidades querem o que todo o país deseja: banda larga boa e sob a ótica do serviço público. Faz mais de um ano que o governo vem lidando com o tema, patinando e se enredando num novelo de fios imensos. A administração passada criou até uma estatal na esperança de resolver o problema. O governo atual assumiu encampando o projeto do antecessor. O atual ministro das Comunicações,Paulo Bernardo, chegou a admitir que a banda larga deveria ficar com as teles privadas. Já empossado mudou de ideia e agora tenta impulsionar o projeto Telebrás. Do outro lado do Planalto, as teles desejam assumir a encrenca, mas por enquanto se entenderam entre elas e o governo não está decidido a ouvi-las nessa questão. Enquanto isso, o país segue com banda larga ruim e cara. Levantamento da União Internacional de Telecomunicações, a UIT, a ONU das telecomunicações no mundo, mostra que o usuário no Brasil paga o equivalente a 4,5 por cento de sua renda mensal pela assinatura de banda larga. Este serviço no Brasil é um dos mais caros numa lista de 160 países. Na Coréia do Sul, um dos cinco que encabeçam a lista dos melhores, o cidadão só compromete 1,4 por cento de sua renda e a banda larga tem uma velocidade de 100 megas por segundo. Até o ano que vem o governo coreano prevê instalar em um milhão de residências, internet com velocidade de 1 gigabit (Gbps por segundo). Isso vai proporcionar ao internauta fazer o download de um filme de duas horas em somente 12 segundos. E nós temos um PIB (Produto Interno Bruto) que engole a pequena Coréia sem mastigar. Mas não é só na Ásia. Na Europa, todos os cidadãos deverão ter acesso à internet em banda larga até 2013 em seus 27 países da União Européia. Conexão com velocidade acima de 30 megabits por segundo até o ano de 2020 contra os 2 megas de hoje em dia (Mpbs). Coitados de nós. Na maioria dos países do mundo essa velocidade não existe, pois nem é considerada como banda larga e sim velocidade de tartaruga fora d’água. Como o Estado brasileiro se informatiza numa rapidez impressionante, principalmente na área de arrecadação, temos outro problema que ninguém sabe a solução, fora da banda larga boa, mesmo que não seja barata. Governo federal, estadual e prefeituras, aliaram-se e promoveram a rápida expansão da informatização do serviço de emissão de notas fiscais eletrônicas na área de serviços. Nas capitais tudo funciona bem. Só que na imensa maioria das cidades do interior é necessário pelo menos um mega para a impressão e, mesmo nos locais onde as prestadorasdizem que vendem um mega, só entregam a velocidade de 500 kbps (kilobits por segundo) e cobram até 80 reais por mês pela assinatura. Essa velocidade não é suficiente para a impressão da nota. O Plano Nacional da Banda Larga, no seu lançamento, previa a cobertura de imediato de 100 municípios com velocidades de até 784 Kbps custando até 35 reais mensais. Esse projeto seria implantado pela Telebrás. Até o final do ano de 2010 não foi possível o êxito do programa. Passou-se a meta para abril de 2011 e até agora nada. A empresa Telebrásestá mergulhada num emaranhado de indícios de superfaturamento no Tribunal de Contas da União (TCU) e é alvo de suspeita de corrupção em suas ações para o PNBL.

Aleluia Hildeberto é jornalista

18 de abril de 2011

A MÍDIA ATRAVÉS DOS TEMPOS

No livro chamado OU CÉSAR OU NADA (Editora Ediouro- 2005) o escritor espanhol Manuel Vasquez Montalban reproduz um diálogo, imaginário provavelmente, ocorrido entre Maquiavel e Cesar Bórgia ( a quem o primeiro dedicou sua obra magistral chamada O PRINCÍPE) muito interessante para pontuar o desenvolvimento, a massificação e a tentativa de controle da informação por parte do Poder. Na página 291, ele pontua uma fala significativa para todos os tempos, inclusive e principalmente os atuais. Diria Maquiavel:
- É preciso sonhar acordado. É uma época para sonhadores, mas acordados. Imitamos os modelos antigos, mas nada é igual à antiguidade. Copérnico se protege afirmando que suas teorias planetárias se baseiam no saber antigo, mas não é assim. Elas se justificam no saber antigo. A cada dia aparecem novas máquinas, novas descobertas, inclusive talvez a Terra seja redonda e gire em torno do sol, como sustenta Copérnico. As patentes de invenção enchem os gabinetes de maços de papel, e nenhuma como a imprensa, que permite a libertinagem de reproduzir livros nem sempre convenientes. E a mecânica? Aplica-se a arte militar e, depois, as descobertas passam à indústria civil e ao comércio. Logicamente, os costumes se ressentem. Virtudes antes sagradas se revelam obsoletas ao lado do papel do dinheiro, por exemplo. Quando já se havia visto tanto poder nas mãos dos banqueiros e comerciantes?
Verdadeira ou não, essa afirmação e descoberta é um primor para os tempos atuais e a primeira constatação de que a tecnologia molda a economia e a economia, pela informação, molda a sociedade. Era assim na Idade Média e continua assim nos tempos atuais. O provável diálogo do Maquiavel com César Bórgia se dá no final do Século XIV, no papado do ainda hoje incompreendido Cardeal espanhol Rodrigo Bórgia, Papa Alexandre VI que pontificou numa época de conquistas e descobertas importantes para a humanidade. Era também os tempos de Leonardo Da Vinci, Michelangelo, Fillipo Lippi e de Savonarola, o frade dominicano que contestava o poder e a modernidade. Acabou na fogueira. Por essa época a informação era um bem intangível, difícil de valorar para a massa. Era uma propriedade quase exclusiva da Igreja, do Estado, e de seus apaniguados, dependendo sempre do contexto, claro. Tanto é verdade que o MEIO, ou veículo, era o confessionário ou os mensageiros e os arautos. O mensageiro, muitas vezes era morto logo após a entrega da mensagem. Era para que não revelasse a mais ninguém o teor, além do destinatário. E o arauto era aquele designado pelos donos do Poder para anunciar AS NOVAS à massa. Eram as mídias da época. O livro era um privilégio restrito aos conventos e acessível apenas aos eleitos pela elite dona do Poder e somente em latim. Escrever era possível, mas daí a tornar seus escritos difundidos era uma tarefa quase impossível. O próprio Maquiavel só teve sua obra difundida muitos e muitos anos depois. Mesmo implorando aos poderosos da época, em vida, jamais encontrou quem lhe desse ouvidos e guarida. Ninguém buscou mais a atenção e os favores do Papa Leão X, um Medici, para seus escritos do que ele. E nunca conseguiu nada. Isso durou até o invento da prensa por Gutemberg, no ano de 1449, em Londres, quando, um século mais tarde, as ideias, definitivamente, abandonaram o curral das elites para circular livremente no meio de quem sabia ler. Em meados do século XV , a principal mídia, além da Igreja, era a pintura de adoração. A partir daí a educação passou a ser uma necessidade da massa com o advento da burguesia. Deixou de ser privilégio da Igreja, das cortes e dos abastados financeiramente. Alguns séculos depois a Revolução Industrial, com o aparecimento do motor a vapor, nascida também a partir de Londres, completou o resto, com a imperiosa necessidade de estudar para trabalhar. É aqui que os ingleses viram um marco definitivo na história da evolução da humanidade, como os romanos foram um dia. E nessa trilha o mundo vai girando mais ou menos do mesmo jeito até o final do Século XVIII, quando novas formas de governo se estabelecem e as ideias passam a circular cada vez mais nas mãos e cabeças de mais pessoas através dos meios impressos. Em seguida veio o iluminismo e com ele as revoluções que mudaram a cara do velho mundo. As tecnologias da informação sempre estiveram na vanguarda. Até que no começo do Século XX o homem pode comprar o aparelho de rádio e entrar definitivamente na era da informação de massa. Mais tarde, algumas décadas depois o aparelho de TV o colocou num mundo onde ele agregou informação e entretenimento, com imagem e consumo. Mas nenhum deles lhe deu interação. Todos os meios, inclusive o padre no confessionário, solapou ao homem o direito de interagir. Essa possibilidade chegou aos tempos atuais com a internet. O computador colocou a todos, indiscriminadamente, com o mesmo poder do Padre, do Rei, do Presidente, de Maquiavel, de César Bórgia e do Papa em termo de ideias, pensamentos e interação.
Aleluia, Hildeberto é jornalista

13 de abril de 2011

PERIGOS E LIMITES NA REDE (final)

Em um dia qualquer os estudiosos estimam que sejam enviados 85 bilhões de Spams na rede mundial da Net. Segundo o jornalista Nicholas Carr, em seu livro A Grande Mudança (Editora Landscape) “embora a maioria dessas mensagens tenham sido detectadas pelos filtros, um número bem grande chegou ao seu alvo, o suficiente para tornar o ramo dos Spams mais lucrativos que nunca”, observa ele. Lucrativo e perigoso, digo eu, pois através deles uma gama inumerável de programas espiões, além de vírus de todas as origens e matizes, invadem nossos computadores trazendo riscos e prejuízos incomensuráveis. Medidos e avaliados quando invadem nossos PCs particulares, temidos e ainda insuperados quando se trata de invasão de redes é através deles que os hackers se intrometem nos sistemas de empresas e de defesa dos países e instituições. Para um usuário normal, num computador de uso pessoal, um simples programa antivírus, às vezes, resolve o problema. Mas nem sempre. Um potente antivírus instalado no nosso computador não significa que ele esteja totalmente protegido. Bem comparando é como uma cidade policiada por polícias civil e militar, mais guarda municipal. Isso não significa a completa ausência de bandidos e malfeitores nas ruas. Agirão mesmo assim. Por melhor antivírus que tenhamos, jamais estaremos totalmente protegidos. Haverá sempre um falsário a se infiltrar. Imagine nos grandes sistemas de computação dos grandes conglomerados, das grandes instituições e nos sistemas de defesa dos países e governos. Os gastos na proteção e defesa de suas redes são, proporcionalmente, tão elevados quantos os investimentos em instalação e desenvolvimento. É certo que a NUVEM protege muito. A nós mortais, nos PCs de uso pessoal protege de tudo. Mas nada garante que um dia um hacker determinado não ameace seu sistema de segurança. É como um carro blindado nas ruas de São Paulo ou do Rio de Janeiro. Sempre há um assaltado, pela surpresa ou outras razões não previstas. Quanto a governos, pouco sabemos de seus esquemas de defesa. São guardados a sete chaves, tratados como segredos de Estado. E é compreensível que assim seja. Sabemos, por aqui e por ali, por deduções e poucas informações que países como Israel, China, Coréia, Japão, Cuba e Estados Unidos, entre outros, regularmente acolhem rackers em seus sistemas de defesa visando proteger e detectar ataques poderosos, de outros rackers instalados a bordo de sistemas inimigos. Um racker bem aparelhado pode muito bem penetrar num sistema de rede e deslocar a rota de um avião, de um navio, interferir no sistema de operação de uma usina, alterar substancialmente um sistema de distribuição qualquer, retirar do ar uma rede telefônica ou de TV, ou também influir em qualquer rede de software de computação em qualquer lugar do mundo. Há quem defenda até uma liderança mundial à frente de governos e iniciativa privada visando estabelecer uma política global de ciber segurança ágil e abrangente. Pelo menos essa é a ideia de Robert F. Lentz, presidente da Cyber Security Strategies, uma das maiores empresas do mundo em segurança cibernética, em recente seminário promovido pela MacAfee, uma fabricante de antivírus, americana, no Rio de Janeiro. Ele trabalhou por 26 anos na Agência Nacional de Segurança, a NSA, do governo americano. Já Roel Schouwenberg, analista de vírus da empresa russa Kaspersky Lab alertou, no mesmo seminário, que hoje em dia muitos dos crimes são cometidos virtualmente, causando muitos danos econômicos e operacionais mesmo à distância. Sabendo disso, os Estados Unidos, dono do maior sistema de defesa do mundo não descuida. O Ministério da Defesa, na época do Donald Hansfeld como Secretário preparou um relatório secreto com o título MAPA RODOVIÁRIO DAS OPERAÇÕES DE INFORMAÇÕES onde estabelece como primeira meta aparelhar o Ministério em condições de apresentar o objetivo das operações de informáticas como um dever primordial dos militares. O Relatório que o jornalista Nicholas Carr teve acesso e comenta no seu livro mostra de que maneira os militares norte-americanos estão construindo uma tropa de elite no ramo da informação com o objetivo de dominar o espectro do setor. Em síntese a leitura do documento adverte que temos todas as razões do mundo para acreditar que no futuro, as redes de informações serão cenários de lutas de um tipo ou de outro, e uma estratégia de defesa nacional precisa levar essas possibilidades em conta, pois, como asseguram os autores, as forças de defesa norte-americanas (ou qualquer outra) devem agir para romper ou destruir todo o espectro de sistemas de comunicação, sensores e conjuntos de armas que estão surgindo e dependem do espectroeletromagnético. Isso, lembram eles, se a Internet nivela as diferenças em benefício dos inimigos dos Estados Unidos o único recurso deverá serdestruir o campo de batalha. Mas um ataque militar high-tech não é só aúnica ameaça enfrentada pela Internet. Como lembra Carr, há muitas outras, das criminosas às políticas, passando pelas técnicas. Dada a sua importância crítica para a economia mundial, a Net é uma infraestrutura incrivelmente insegura. Principalmente quando temos em mente que para a moderna economia da informação a rede computacional é o sistema ferroviário, a rede rodoviária, a rede elétrica e o sistema de telefonia, todos sintetizados num só. E como deixa claro o MAPA RODOVIÁRIO do Departamento de Defesa dos Estados Unidos é muito mal protegido ainda.

Aleluia,Hildeberto é jornalista.

8 de abril de 2011

PERIGOS E LIMITES NA REDE (parte II)

A Internet é um campo de batalha. Mas um campo de batalha diferente de todos os outros. Suas fronteiras e seu território mudam constantemente, novas armas sofisticadas podem ser fabricadas e utilizadas por programadores amadores de software usando PCs baratos, e seus usos comerciais e sociais estão inesgotavelmente entrelaçados aos usos militares. Ela neutraliza muitas das vantagens tradicionais dos grandes exércitos que usam armas físicas de última geração.
Quem garante isso é o americano, jornalista e escritor, Nicholas Carr, autor do livro A Grande Mudança (Editora Landscape). Não faz muito tempo, li que uma das razões do sistema nuclear iraniano não estar ainda cem por cento em operação é em função dos efeitos da ação de um hacker no centro operacional. Falei dessa informação com um dos maiores empresários brasileiros da área de construção pesada e telefonia. Homem inteligente, bem formado, afeito à leitura e atualizadíssimo. Ele nem me deu bola e arrematou dizendo que não acreditava ser possível tal feito e achava que era fantasia. Com o tempo, descobri que aqueles que não são muito afeitos aos negócios da internet e suas consequências não possuem a menor noção do seu espectro, de seu poder e de sua dimensão. Mas é bom que tomem consciência logo.
Na página 157 de A Grande Mudança, narra o jornalista Carr que, no final de 2006, “as tropas britânicas que haviam ocupado a cidade de Basrra, no Iraque, passaram a sofrer ataques cada vez mais precisos de projéteis lançados por morteiros de combatentes rebeldes escondidos dentro da cidade e de suas vizinhanças. Um soldado foi morto e vários outros ficaram feridos nessas ofensivas. Passado algum tempo, o exército inglês deu início a uma série de ataques às casas e aos esconderijos de suspeitos na esperança de reduzir os bombardeios. Em alguns dos lugares em que entraram, ficaram surpresos ao descobrirem páginas impressas do serviço de mapeamento Google Earth. Mostravam as posições britânicas com detalhes suficientes para identificar tendas individuais e até latrinas. Diz o professor que uma das páginas impressas encontrada pelo pelotão inglês mostrava o quartel general do regimento Staffordshire, de mil membros, e a longitude e a latitude do acampamento estavam anotadas no verso. Os oficiais da área de inteligência logo concluíram que os rebeldes estavam usando as imagens para determinar o alvo de sua artilharia. Foi essa descoberta que possibilitou aos especialistas em tecnologia militar a confirmação do que eles já suspeitavam fazia tempo: os terroristas e guerrilheiros podem obter informações valiosas do Google Earth e de outros mecanismos de mapeamento da internet. Combinadas aos dados de localização de dispositivos GPS (sigla em inglês de Sistema de Posicionamento Global) comuns, as imagens podem ser usadas para definir alvos de bombas e ataques com grande precisão. Oferecem uma alternativa simples, mas eficiente, aos sistemas de tecnologia avançada empregados pelos exércitos modernos.
Diz ainda o jornalista Carr que as tropas que foram alvos dos tiros de morteiro ficaram revoltadas com a notícia de que seus inimigos estavam usando mapas e imagens impressas retirados de um site público da Internet para definir seus alvos. Disseram a um repórter do Daily Telegraph (jornal de Londres) que processariam o Google se fossem feridos em ataques futuros. Queixaram-se de que os combatentes inimigos sabiam por seus mapas onde eles comiam, dormiam e iam ao banheiro até. Lembra Nhicolas Carr que “a raiva do soldado é compreensível. Mas não tem fundamento. O Google Earth é usado por milhões de pessoas diariamente para objetivos absolutamente pacíficos”. Mas admite também que para os terroristas a internet é uma dádiva do céu. Recorda que além de oferecer acesso fácil a mapas, fotografias, descrição de armamentos e outras valiosas informações táticas, funciona como uma rede de comunicações de múltiplas finalidades, instrumento de observação e vigilância, canal de propaganda e meio de recrutamento, tudo gratuito em praticamente todos os lugares do mundo.
Os pesquisadores do Dark Web Portal (Portal Sinistro da Web) um projeto da Universidade do Arizona que acompanha e avalia as atividades on-line de grupos terroristas, conseguiu detectar mais de 325 sites terroristas escondidos na internet no ano de 2006. Os sites tinham cerca de 280 gigabytes de dados que incluíam 706 vídeos (70 eram de decapitações e 22 mostravam ataques suicidas) ,bem como mensagens em áudio e imagens de alvos de ataques futuros e atuais que iam de veículos a pedestres. Com a observação de que a internet oferece uma infraestrutura militar prontinha, ideal para as necessidades de uma força clandestina bem dispersa, ele conclui que o campo de batalha em que se transformou a net, com fronteiras e territórios em constante mutação, é o cenário da guerra do futuro onde programadores amadores desenvolverão suas armas com software e PCs baratos com usos comerciais e sociais entrelaçados aos usos militares e de segurança. No próximo artigo, veremos como os Estados se preparam para a defesa.
Por Aleluia Hildeberto