3 de novembro de 2011

ANTIVÍRUS: COMO VIVER SEM ELE?

Se você não quer ter problemas com vírus adquira um computador Apple. Seu antivírus é poderoso e infalível. E melhor ainda é automático. E mais ainda, você não precisa ficar escravo de atualizações. Na minha modesta opinião essa foi a grande contribuição do Steve Jobs para a indústria de Internet. Até hoje não foi notificado nenhum ataque de vírus aos iPads em todo o mundo. A verdade é que o brasileiro não acredita muito que o seu computador pessoal possa ser invadido por um vírus e que este possa lhe causar danos e prejuízos financeiros. E o mais incrível é que o Brasil figura em primeiro lugar na lista do ranking que mede o tempo dedicado pelas pessoas, no seu dia, para navegar na internet.

Ou seja, no mundo, somos o povo que mais tempo fica em frente do monitor do computador. Mas também somos aqueles que mais têm seu computador assolado por todo tipo de vírus. O brasileiro, descuidado, não gosta ou não acredita nos antivírus. Pesquisa e estudo realizados pela empresa de antivírus e segurança na rede, Norton Symantec, com cerca de 20 mil internautas em 24 países, atesta que o brasileiro costuma dedicar cerca de 30 horas por semana para navegar na internet, enquanto a média global é de 24 horas semanais.

Nesse mesmo estudo, 32 por cento dos participantes brasileiros, admitiram que não conseguem viver sem internet, enquanto a média mundial é de 24 por cento. Incrível é a descoberta de que 69 por cento dos brasileiros que utilizam a rede não possuem um software de segurança, o popular antivírus, instalados em seus computadores. Mal sabem o risco que correm, principalmente nas redes sociais e nos dispositivos móveis. O mesmo estudo também nos dá conta de que o crime causado por hackers e crackers gera um custo anual de mais de 60 bilhões de dólares para o país. E mais surpreendente ainda é que mais de 70 por cento dos entrevistados admitiram terem sido vítimas de ataques cibercriminosos nos últimos 12 meses. O tempo médio para a solução do problema calculado na pesquisa é de 11 dias. É o mesmo gasto pelas vítimas para encontrar uma solução e resolver seu problema.

Segundo Adam Palmer, analista-chefe de cibersegurança da Symantec, são cerca de 3 mil vítimas por hora no Brasil e aproximadamente 77 mil internautas são alvos de ataques diariamente. Segundo o mesmo estudo da Norton Symantec, entre as muitas ameaças identificadas no Brasil, os vírus e programas que visam algum tipo de ataque são os mais constantes e lideram os índices com 68 por cento dos incidentes. Em seguida, um pouco abaixo, vem a invasão de perfis nas redes sociais. Conhecidos como “phishing”, os vírus que atacam para obter dados pessoais dos usuários por meio de recursos como e-mail e páginas falsas respondem por 11 por cento e ficam em terceiro lugar.

O mesmo Palmer adverte que falta aos brasileiros a consciência da necessidade de proteção na internet. Curiosamente ele faz uma observação que chama atenção: a de que o brasileiro acredita que só está exposto ao crime no mundo físico. Não é o que diz a pesquisa. Nela está indicado que 59 por cento dos brasileiros foram alvos de ataque on- line nos últimos 12 meses, enquanto 19 por cento foram vítimas de crimes off- line. Em todo este cenário de ciberataques, se destaca a invasão do computador por vírus ou malwares. E isso pode ser evitado com providências simples. Vai desde a compra de um antivírus poderoso, que no mercado pode custar de 100 a 300 reais ou mais, dependendo da finalidade e do tempo de uso. Mais prático e fácil ainda, é usufruir dos antivírus gratuitos que povoam a rede. Todas as empresas que se dedicam à produção cibernética possuem um, e alguns são excelentes e fáceis de serem baixados.

No ano de 2010, a mesma Symantec descobriu 286 milhões de novas ameaças de software malicioso, cerca de nove por segundo. No ano anterior, 2009, foram 240 milhões de ameaças. A empresa assegura que a quantidade de softwares nocivos no mundo da rede ultrapassa o número de softwares benéficos. E o que mais espanta os responsáveis por técnicas de segurança na rede, como Mark Hatton, executivo-chefe da Core Security Technologies, uma empresa de Boston, Massachusetts, nos Estados Unidos, é a teimosia do internauta. Ele recorda:

-Você diz para o cara não clicar no link que promete um iPad de graça. E ele sempre clica no link do iPad gratuito.

O ser humano não tem jeito mesmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário