25 de novembro de 2018

UMA NOVA ECONOMIA URGENTE


               

 O Brasil tem a economia mais fechada e mais subsidiada do mundo. Além de mergulhado num debate ideológico velho e superado, vive, também, nos tempos modernos, voltado para o passado. Consequência de políticos velhos, superados, mofados. Foi ótimo o resultado das últimas eleições. Mandou para casa uma velharia inútil. Vai renovar o ideário e comungar com as necessidades do Brasil de hoje. O Brasil de ontem tem raízes muito profundas. E podres. As razões que nos asfixiam, econômica e politicamente são solenemente ignoradas pelo Executivo federal e pelo Congresso Nacional. Aumentam os gastos a roldo. Em final de mandatos, executivo e legislativo agem, aparentemente, sem controle. No Congresso as evidencias são as “pautas bombas “. Aumentos de salários sem previsão orçamentária é a parte mais evidente. No Executivo a evidencia maior foi a autorização de incentivos para a indústria do automóvel.

Nosso setor industrial é velho, ultrapassado. Só opera com amparos dos governos através de subsídios, renuncias fiscais e outros favores. Nossos políticos e a maioria dois empresários atuais só enxergam o Brasil do passado. Em 26 de junho do ano de 2018 publiquei aqui artigo em que demonstrava como esses políticos governam de costas para a nação. E assim continuam: https://aleluiaecia.blogspot.com/2018/06/tempos-modernos.html
 Enquanto o Legislativo ignora a realidade fiscal do país que vai se refletir na vida de cada contribuinte, o Executivo insiste em premiar uma indústria que é sua sócia desde os anos JK. Em lugar nenhum do mundo a indústria automobilística goza dos privilégios usufruídos no Brasil. Em lugar nenhum do mundo um carro tem os preços do Brasil. Em lugar nenhum do mundo o governo morde sua parte no preço do automóvel como aqui entre nós. Um ajuda o outro. O mesmo carro aqui produzido e com muito mais tecnologia é exportado e vendido lá fora mais barato. A preços competitivos com os carros vendidos nos Estados Unidos. Se você quiser reimportar este carro vai pagar mais imposto que o valor recolhido pelo governo quando você compra o carro aqui. Quase a metade. E assim um ajuda o outro. Por essa razão membros de dois governos anteriores ao atual são alvos do judiciário sob desconfiança de recebimento de propina pelo Executivo em troca de benesses fiscais para a indústria do automóvel. O governo está de costas para a nação.

A velha mídia trata o assunto sem a relevância que merece. O setor automobilístico é dono da maior verba privada de publicidade do país. Por essa razão ignoram o assunto. Premiar o setor com renuncia fiscal é um deboche. Desenvolvimento de tecnologia para aumento de segurança, economia de combustível e outros quejandos jamais serão desenvolvidos em território nacional. Tudo vem pronto. É global. Mas nosso governo não sabe. Seria o mesmo que premiar o Google por pesquisar um e-mail moderno aqui no Brasil. É a velha política do compadrio.


Essa indústria aqui se implantou a partir do governo JK, nos anos 50, em troca de benefícios vários para gerar empregos. Assim todos os governos foram concedendo incentivos diversos a fim de manter o desenvolvimento do ABC paulista. Aquela indústria não existe mais. Muitos estados brasileiros abrigam montadoras de carros. E ela já não emprega como antes. Como o nome já diz, são montadoras. O robô toma o lugar do homem numa velocidade assustadora. E toda a tecnologia vem das matrizes.

Na realidade o incentivo fiscal concedido pelo governo vai beneficiar mesmo é o consumidor de outros países, indiretamente. Aqueles para onde são exportados os carros montados aqui. Para nós o carro vai continuar com preço absurdo. Seu valor será dividido entre a montadora e o governo. Quase meio a meio. A montadora nos entrega um bem que desvaloriza rápido. O governo nem estrada boa nos dá em troca da mordida no nosso bolso. Quanto será que vale, no total, uma medida provisória beneficiando a indústria automobilística no valor de dois bilhões de reais por ano? Isso tem um preço. No final a soma dos ganhos será toda dela. E ainda terá direito à remessa de royalties pelo valor da tecnologia importada. E já deverá estar embutida no preço de venda do carro. Essa relação da nossa indústria de carros com nosso governo é como este artigo: difícil de entender. Afinal é uma relação muito antiga, da época do meado do Século passado. Naquele tempo ninguém sabia onde começava os interesses de um e onde começava os interesses do outro. Setenta anos depois continuam juntos, da mesma forma.
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