26 de junho de 2018

TEMPOS MODERNOS

Impressionante. As pessoas não se dão conta. Mas a verdade é única: quanto mais o mundo se moderniza, quanto mais vivemos conectados, quanto mais aumentam os canais de auscultamento da sociedade mais nosso governo (federal, estaduais e municipais) mergulha na inércia. Ficam surdos. Em plena era da informação instantânea o governo age e se comporta desconhecendo a realidade do país que governa: a situação dos seus súditos. O governo demora para agir. Passa a impressão de descoordenação e paralisia. Tenta passar firmeza e autoridade. Só consegue tibieza e estultice. Lida com uma greve nevrálgica como se estivesse negociando cargos entre políticos.
O atual presidente da Petrobrás, Pedro Parente, estava numa falação na mídia sem precedentes. Vinha dando entrevistas como nunca se viu. Contou vantagens. O mercado deve ter gostado. Sua justificativa para os reajustes era o preço internacional do petróleo. De lá para cá esse preço já caiu uns três dólares O governo ri. É só prestar atenção. É patética a figura do Ministro de Relações DO GOVERNO Deputado Carlos Marun. Parece até que ele fala a uma outra nação. Os problemas se avolumam.
É certo que governos, autoridades e pessoas ocupadas não dispõem de tempo para acompanhar redes sociais. Mas eles são bem assessorados. Dispõem de verbas, autoridade, e facilidades, diversas, para estarem inteirados e atualizados sobre o que pensa a sociedade. Sobre as dificuldades do povo e o que mais convém para a harmonia social. Não é o que está a acontecer no Brasil de hoje.
Estamos metidos numa greve onde falta sensatez. E falta mais: sensibilidade e agilidade. Temos governos formados por políticos. Como explicar que lhes faltem noções, conhecimento da realidade de quem os elegeu? Como explicar que o governo aceitou uma política na área de combustíveis onde os reajustes são quase que diários. Um país que anda sobre rodas, que ficou cego para a navegação numa costa continental. Um país que impunemente abandonou sua malha ferroviária. Um país onde as alternativas não passam de obras paradas que irão custar o dobro..
Com sua contabilidade criativa o Parente impôs a cruel dolarização do preço dos combustíveis. E assim seguimos com a gasolina mais cara, o gás de cozinha mais caro e o diesel mais caro do mundo. O Parente se recolheu. Ficou mudo. Quer salvar seu emprego

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