13 de agosto de 2015

A FIOL E O ANEL DA SOJA

A FIOL (Ferrovia de Integração Oeste-Leste) está na ordem dos acontecimentos. Nos últimos dias dezenas de matérias surgiram em quase todos os veículos de comunicação do País, especialmente depois que este blog publicou artigo sobre o Anel da Soja. Ela é de suma importância para o Oeste da Bahia e todo o Anel da Soja. Mais ainda para as minas que estão sendo exploradas no trajeto e cujo transporte, a exemplo da produção agrícola é feito por caminhões encarecendo brutalmente o custo de produção da região.

Este último traçado da Ferrovia é o terceiro nos últimos cem anos. O primeiro foi gestado após o movimento conhecido na história do Brasil como TENENTISMO, em 1922 quando um grupo de tenentes do Exército, rebelados, exigiram do governo da época ação e democracia. Desejavam integrar o país e desenvolve-lo para combater a miséria. Anos depois o projeto foi abandonado e em algumas regiões da Bahia pode ser visto ainda hoje pontes e túneis dessa primeira tentativa.

Algumas décadas mais tarde, já no governo Juscelino Kubistchek o projeto foi retomado, alguns bilhões foram investidos até o governo Jânio Quadros e em seguida novamente paralisados. Ainda hoje é possível se ver, em alguns trechos no mesmo interior da Bahia diversos obras abandonadas dessa segunda tentativa. E a terceira, que está em curso vem desde o governo Sarney. Lá se vão mais de 25 anos.

A obra está quase que totalmente parada. Sou testemunha ocular do que lá acontece: quando se aproximam as eleições o governo retoma a obra, as prefeituras e candidatos indicam as contratações que os ajudam a elegerem-se com os empregos, arranjados, as máquinas e homens começam a trabalhar e menos de um ano depois vêm às dispensas, as máquinas silenciam, a movimentação no traçado arrefece, falta dinheiro e a obra para. Tem sido assim nos últimos anos.

Essa ferrovia está destinada a se conectar com a outra chamada Norte-Sul que se encontraria com a FIOL no meio dos estados de Goiás e Tocantins, atravessaria todo o oeste da Bahia e desembocaria em Ilhéus onde deveria haver um porto já planejado e anunciado pelo Governo, destinado a exportar a produção não só do Anel da Soja como também o que é produzido em Goiás, no Tocantins, no Piauí e até no Maranhão. Como se pode concluir, trata-se de uma obra de infraestrutura superimportante para o país e para a produção do Centro Oeste brasileiro.

Se o governo não consegue terminar a ferrovia porque não tem dinheiro como irá construir o porto? E se a ferrovia ficar pronta para onde ela vai levar a carga? Para lugar nenhum sem o novo porto de Ilhéus. Está mais do que na hora dos produtores rurais da região se reunirem, formarem uma comissão e desembarcarem em Brasília para pressionar o governo a privatizar a ferrovia e o porto de ilhéus num só pacote.

Hildeberto aleluia está conhecendo e estudando o o oeste da Bahia

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