29 de janeiro de 2013

ALGUNS PROBLEMAS ATUAIS NA INTERNET

Aparentemente, para os leigos, na “floresta” da Internet não existem problemas. Para eles, o grande problema está na interação, na descoberta dos mecanismos certos para manusear com correção e habilidade as milhões de possibilidades existentes na Rede. Esse problema, aliás, é constante e é para todos nós, curiosos e entendidos. Não há um grande mestre no universo da net. Todos se viram por intuição diante de instruções mínimas, quando as há. Quando não há, o negócio é ir bisbilhotando e aprendendo.

Acabaram-se os cursinhos que ensinavam como manusear um computador. Restam as Escolas de Tecnologia da Informação, as TI(s), de cursos médio, superior e abrangente. E não existe na praça profissionais suficientes para a demanda existente. Mesmo para estes, fora de suas tarefas específicas, na hora de manusear aplicativos e programas que inundam o mercado todos os dias o negócio é navegar com a intuição. As instruções de fábrica não são suficientes. Muita coisa ainda é difícil de assimilar e o sistema operacional mais fácil continua sendo o velho Windows em que os programas de antivírus gratuitos melhoraram em muito sua proteção, seu desempenho e eficiência. A linha de produtos Apple permanece absoluta na guerra contra os vírus. É quase imbatível e impenetrável. Há quem prefira o sistema andróide ou outros tantos que existem por aí menos conhecidos. O sistema de navegação parece definido e com um figurino pronto para muitos e muitos anos. É o que parece.

As situações mais graves estão na esfera do manejo e, entre nós, aqui no Brasil, o problema número um permanece sendo a questão do oferecimento de serviços e principalmente a navegação pela banda larga. O Brasil continua na rabeira mundial da velocidade da banda larga, mesmo a 3 G. Os fornecedores, as Teles, não conseguem entregar mais que dez por cento do total oferecido e vendido. Países do terceiro mundo como a Bulgária e a Ucrânia estão anos luz na nossa frente. Isso sem falar na número um do mundo em velocidade, a Coréia do Sul. E no horizonte nada indica que essa realidade mude aqui no Brasil. Para olhar emails tudo bem, mas hora do download, dependendo do peso e tamanho, você não conseguirá em velocidade nenhuma . Terá que esperar.

Do ponto de vista estratégico, global, a Rede enfrenta hoje, três problemas cruciais: o primeiro é a questão do filtro. A informação buscada está na Rede, com certeza, o problema é encontrá-la no tempo desejado. Tentar os sites de buscas chega a ser um suplício, às vezes, dependendo do assunto a ser pesquisado. Ir às compras é outra via sacra, pois as informações a serem filtradas e os cuidados a serem observados são infinitos. Mesmo nas chamadas redes sociais a poluição informativa é estarrecedora. Chega a ser cansativo. Por enquanto nada indica que estejamos próximos de uma solução para este problema.

Até mesmo os sites dos jornais e os portais de notícias transportaram para a telinha o modelo de exposição gráfica usado na indústria do papel. O resultado é uma profusão desordenada de informações que em nada estimula a curiosidade e nem tampouco a fidelidade do internauta. O modelo exclusivo para o tablet ruiu depois de alguns poucos anos e centenas de milhões de dólares investidos pelo grupo do milionário Rupert Murdoch da News Corporation. (veja nesse blog o artigo O PROJETO TABLET ESTÁ RUINDO, de 2010).

Outro macro problema é a questão do fechamento ou a permanência da abertura da internet. Há pouco tempo reinava a quase certeza de que a Rede passaria a ser fechada. Cada fabricante com seu modelo operacional criaria sua rede social e ali dentro o internauta abandonaria as outras possibilidades, como o uso do email, por exemplo, a não ser que fosse dentro das redes, como o Facebook , Google, do Messenger ou do sistema Apple. Meia dúzia de senhores desejavam controlar o mundo digital. Essa tendência começa a ser abandonada por uma única razão: é cada vez maior o uso e o controle dos governos sobre a internet.

Assim como os provedores e sites sabem tudo sobre nós, os governos também. E eles estão de olho e desenvolvendo leis e sistemas que controlam e punem as redes sociais. E por estes caminhos está ficando muito mais fácil controlar a net. Isso incomoda por demais os barões da indústria digital. Ninguém é capaz de prever como vai terminar esse imbróglio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário