Postagens

O rádio no Brasil

Em seu artigo Aleluia Hildeberto comenta a importância das emissoras de rádio, que segundo ele, são o principal meio de comunicação da mídia tradicional e, com o tempo, está se reinventando e firmando-se novamente como um grande meio de comunicação. “Não acredito que os outros meios tenham a mesma chance. Em função de suas características marcadamente locais e comunitárias, e custos operacionais baixíssimos, será o rádio o primeiro a se adaptar ao mecanismo da convergência”. As oportunidades de negócios e estratégicas, no mundo da Mídia, e Web são infinitas. Incomensuráveis são as possibilidades que se oferecem ao universo do rádio. A meu ver o principal meio de comunicação da mídia tradicional que irá crescer perfeitamente adequado ao invento da WEB. Segmentado, regionalizado, localizado e comunitário o rádio crescerá em importância e difusão perfeitamente compatível com a nova plataforma de comunicação. Ele deverá ser um dos primeiros em importância para o internauta quan...

No Brasil é um espanto a sobrevivência das revistas

No Brasil é um espanto a sobrevivência das revistas. Em todo o mundo esse setor passa por dificuldades tal qual o setor de jornais. De acordo com o IVC (Instituto Verificador de Circulação) a entidade oficial que mede tiragens e vendas de periódicos impressos, as revistas, no Brasil, resistem bravamente aos novos tempos. Enquanto a TV e os jornais definham, desaparecem até, as revistas permanecem mantendo o interesse dos leitores, algumas, surpreendentemente, até cresceram em números de circulação segundo o IVC. É o caso dos semanários dedicados às fofocas de celebridades, enquanto as informativas VEJA, ÉPOCA e ISTOÉ navegam num mar de rosas, por exemplo. Se os periódicos, diários, sucumbem diante da instantaneidade da Internet, se as notícias on line atraem cada vez mais interessados e se a interação passa a ser, cada vez mais, a mola propulsora do jornalismo, como explicar o permanente interesse pelos semanários? Para um executivo da Associação Nacional de Editores de Revistas (ANE...

JORNAL DO BRASIL - O FIM DE UMA ERA

Foi-se o Jornal do Brasil tal e qual conhecíamos. Desfigurado e empobrecido, agonizou sem merecer os cuidados dedicados aos anciões. Na sucessão familiar no controle da empresa editora foi-se também o pouco que restava da identidade com o seu público leitor. A nova era da comunicação nem se anunciava e o velho JB já tentava encontrar novos caminhos. Era preciso sustentar os números de vendas e defender-se do implacável poder de renovação e aceitação da concorrência. Acossado pelo jornal O GLOBO de um lado e do outro por O DIA (esse, atualmente, também em queda livre) o Jornal do Brasil perdeu-se num território minado, onde era farto o talento na redação, mas escasso na área de gerência e marketing. Sem controle e sem comando foi afundando como um grande navio, aos poucos, sucumbindo a uma administração caótica e às inovações tecnológicas. No final, teve ampla e generosa ajuda dos governos, a ponto de comprometer a qualidade do jornalismo. Ficou como prova de que o leitor não é burro. V...

AS PRESSÕES DA VELHA MÍDIA

publicado originalmente no site http://www.claudiohumberto.com.br 01/07/2010 Pressiona daqui, aperta por lá, escreve acolá e tenta influir em todas as esferas. No Legislativo, no Executivo e no Judiciário. A velha mídia não tem sossego mais. Na medida em que a ameaça da WEB vai se tornando realidade à agonia ganha expressão, principalmente na atuação da ANJ, Associação Nacional de Jornais, e da ABERT, Associação Nacional de Radio e Televisão. Estas duas entidades representam a expressiva maioria dos órgãos de comunicação, rádio, TV e jornais, da velha mídia. E através delas os barões da comunicação exercem seus poderes e influências especialmente em Brasília, onde esperneiam em todos os fóruns na desesperada busca de uma alternativa no sentido de parar o avanço da WEB, marcadamente no setor de produção de conteúdo. Onde se apresenta estas duas entidades citadas leia-se em destaque os grupos de mídia GLOBO, FOLHA DE SÃO PAULO, ESTADÃO E ABRIL. Esta é a que menos se expõe em função de ...

A velha mídia ainda tem futuro no Brasil ?

A tese do professor Jeffrey Cole, diretor do Centro para o Futuro Digital da Universidade do Sul da Califórnia, com a qual ele sustenta que os jornais impressos, de mercados como o Brasil e a Austrália, irão desaparecer em 10 ou 15 anos, merece uma reflexão frente à realidade brasileira. Suas previsões devem ser consideradas em realidades onde a banda larga está definitivamente implantada e com tecnologias avançadas permitindo velocidades que o Brasil desconhece. O desinteresse pela velha mídia está na mesma proporção em que a inclusão digital se processa. Quanto mais gente com acesso à banda larga veloz, mais gente interessada nas novas plataformas de comunicação. Não existe nada mais maçante, irritante até, que a leitura de um texto ou a abertura de uma imagem na velocidade de kpbs, ou na internet por acesso discado. É insuportável. E notícias ainda não é o primeiro item na navegação embora seja um dos principais. Para a web ameaçar de verdade a velha mídia é necessário que o Bra...

O MODELO DO NEGÓCIO (ii)

MODELO DO NEGÓCIO (II) Juan Luis Cebrián é jornalista, diretor e fundador de um dos mais importantes jornais da atualidade. Ao lado dos americanos e dos ingleses, o El País, jornal espanhol, desfruta de prestígio e qualidade em todo o mundo. Líder em tiragem e circulação na Espanha e na Europa, nos últimos anos vem amargando tiragens cada vez menores e por um bom tempo viu também emagrecer o seu faturamento publicitário, especialmente em 2009. Sentado em sua vasta experiência e autoridade no assunto de comunicação, ele transmite algumas convicções e palpites para o futuro. A - A internet é um fenômeno de desintermediação. Que futuro aguarda os partidos políticos, sindicatos e os meios de comunicação num mundo desintermediado? B - Os jornais, tais como os conhecemos, se acabaram, adeus. Não significa dizer que deixarão de existir. É a constatação de que os impressos pertencem à sociedade industrial, e não estamos mais nela. Entramos na era digital, adeus sociedade industrial....

O MODELO DO NEGÓCIO (I)

A quem não é do ramo soa um pouco estranho todo esse imbróglio da luta entre a Internet e a mídia tradicional. Quem não está familiarizado com o assunto, custa mesmo a entender. Ainda mais quando se depara com informações que dão conta do faturamento cada vez maior da TV, no mundo da publicidade. E mais, o telespectador não se interessa e nem sempre dispõe de informações para avaliar a queda de audiência, a tiragem de jornais e revistas, impressos, e muito menos a audiência de seu programa favorito de rádio. E nem teria porquê. Esse assunto só é acompanhado com rigor, especialmente, por três seguimentos: publicidade, patrocinadores e gestores do negócio. Há outros interessados, como profissionais do ramo, institutos de pesquisa e curiosos. Mas é ínfima, insignificante mesmo, a parte da população que tem noção de como funciona esse mundo. Mas é muito interessante mesmo. É difícil de explicar. Se a TV perde audiência, se os jornais diminuem cada vez mais suas tiragens, se as revist...